
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou, na manhã desta quarta-feira (31), uma reunião de emergência com o núcleo da articulação política do governo para discutir as derrotas na Câmara e a MP (medida provisória) que trata da reestruturação ministerial.
O governo identificou risco real de o texto não ser votado a tempo no Congresso. A consequência seria a retomada da formatação da Esplanada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já no próximo dia 2. Vale destacar que o texto vence nesta quinta-feira (1º).
Publicada no primeiro dia da gestão petista, a MP definiu um total de 37 pastas. Caso ela perca a validade, 17 ministérios deixarão de existir. Um deles seria o do Planejamento, de Simone Tebet, figura central do novo governo.

O relatório apresentado pelo relator da MP, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), manteve as pastas criadas por Lula, mas alterou competências de algumas delas, como as do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. A decisão foi aprovada por ampla maioria.
Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), estiveram com o presidente para debater o assunto. Lula, no entanto, está, neste momento, reunido com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para dar seguimento à pauta de política externa.
De acordo com o Estadão, o petista quer um “esforço de guerra” para votar o texto nesta quarta com todo o governo mobilizado. Vale destacar que, na última terça-feira (30), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação da MP da reestruturação após ver risco de derrota do texto.