Lula chega à Alemanha para reuniões bilaterais após ruído com Macron sobre Mercosul-UE

Atualizado em 3 de dezembro de 2023 às 15:30
Chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Berlim, na Alemanha. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste domingo (3) em Berlim, na Alemanha, para uma agenda de três dias no país.

Lula participará de um jantar oferecido pelo chanceler Olaf Scholz. Na segunda-feira (4), Lula irá se encontrar com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e com a presidente do Bundesrat (Câmara alta do Parlamento alemão), Manuela Schwesig.

Lula também terá um novo encontro com Scholz e uma reunião entre as cúpulas dos dois governos. Além disso, está previsto uma agenda com representantes de empresas alemãs e brasileiras.

“Retomando o diálogo com os alemães que tinha sido abandonado em governos anteriores, uma das maiores e mais avançada economias do mundo”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).

Essa é a primeira visita oficial de um presidente brasileiro à Alemanha em mais de dez anos. A última visita ocorreu em 2012, quando Dilma Rousseff foi recebida pela então chanceler Angela Merkel. Desde que retornou à presidência, em janeiro, esta é a quarta vez que Lula se encontra com Scholz.

As negociações para o fechamento de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (EU) devem dominar a pauta de Lula. Nesta semana, será realizada a Cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro, e o presidente brasileiro deseja anunciar o acordo durante o evento.

Na última sexta-feira (1ª), um porta-voz do governo alemão, questionado por jornalistas sobre as negociações, afirmou que Berlim tem pressa em fechá-lo. “É notório que apoiamos e lutamos por esse acordo e também queremos que ele seja concluído muito rapidamente”, disse.

Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), o governo brasileiro foi surpreendido pelas declarações do presidente francês Emmanuel Macron sobre os termos negociados no acordo.

Macron criticou o Mercosul por não querer acatar medidas mais amplas pela defesa ambiental nos termos do acordo. “Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele (Lula) está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar”, afirmou em coletiva de imprensa na COP28.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link