Lula chega a Havana para cúpula do G77 e reunião com presidente de Cuba

Atualizado em 16 de setembro de 2023 às 8:02
Presidente Lula (PT). Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Havana, Cuba, para participar da reunião de líderes do G77 + China, um grupo que reúne países em desenvolvimento que fazem parte do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). Além de sua participação na cúpula neste sábado (16), Lula também terá uma reunião separada com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, um dos principais aliados do líder brasileiro na América Latina.

O G77 foi fundado em 1964 para permitir que países em desenvolvimento defendessem suas posições diante das nações industrializadas. Atualmente, o grupo conta com 133 membros, além do apoio da China, que atua com importante suporte financeiro e político. Durante a reunião, os líderes dos países membros discutirão alternativas para o crescimento econômico e estratégias para combater as mudanças climáticas.

Lula, conhecido por sua crítica ao embargo dos Estados Unidos a Cuba, tem uma relação próxima com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. A visita do presidente a Havana tende a reforçar os laços entre os dois países, que sofreram um afastamento durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Durante sua estadia em Cuba, o petista também participará de um debate-geral com os líderes do G77.

Logo do grupo G77. Foto: Reprodução

Após a visita ao país socialista, Lula deve chegar a Nova York já na noite deste sábado. Na terça-feira (19), ele fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, marcando seu retorno ao evento após 14 anos. Tradicionalmente, cabe ao representante do Brasil iniciar o debate de chefes de Estado e de governo dos países que fazem parte da ONU.

Em Nova York, o presidente Lula deve abordar temas que têm sido destaque em suas viagens internacionais, incluindo a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o combate à desigualdade e a necessidade de financiamento por parte dos países ricos para a preservação das florestas.

Além disso, está previsto um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para lançar uma iniciativa focada em promover o “trabalho decente”, um conceito crucial para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que incluem indicadores relacionados a oportunidades de emprego, renda e condições laborais. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), este conceito abrange indicadores como oportunidades de emprego, rendimentos, jornada e trabalho análogo à escravidão.

Nas redes sociais, o presidente anunciou sua viagem em compromissos internacionais e atribuiu o exercício do cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). “Indo para Cuba. E também para abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, completando essa volta do Brasil ao cenário internacional”, escreveu no Twitter antes de chamar o vice de “Dr. Geraldo”.

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