Lula conversa com Zelensky e reforça proposta para fim da guerra na Ucrânia

Atualizado em 2 de março de 2023 às 16:25
O presidente Lula (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky
Foto: Reprodução/Montagem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por vídeo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. As assessorias internacionais dos dois chefes de Estado ajustaram um horário para a tarde desta quinta-feira (2), aproximadamente às 15h30.

Na reunião, o petista destacou a importância de que os países do G-20, que possuem as nações mais ricas do mundo, comecem a pensar na melhor maneira de promover o fim do conflito. “É urgente que um grupo de países não envolvidos na guerra assuma o papel de encaminhar negociações para o restabelecimento da harmonia entre Rússia e Ucrânia”, disse Lula a Zelensky.

Logo após as invasões terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília (DF), o brasileiro conversou com o presidente russo, Vladimir Putin. Ao contrário do diálogo com Putin, a conversa com Zelensky tratou em especial sobre a situação da guerra na Ucrânia.

Lula falou sobre o diálogo com o ucraniano em publicação nas redes sociais. “Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém”, declarou ele após a ligação.

O governo Lula tem mantido uma posição de neutralidade sobre o conflito europeu. Em uma reunião da cúpula do G-20, o Itamaraty convenceu a Rússia e os Estados Unidos a aceitarem as propostas do país sobre a guerra.

Durante a visita ao presidente dos EUA Joe Biden, na Casa Branca, em Washington, o petista sugeriu criar um grupo de negociadores para acabar com a guerra. Um comunicado conjunto dos dois presidentes, divulgado ao fim da visita, trouxe uma mudança de postura em relação ao conflito.

“Ambos os presidentes lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura”, declarou o texto.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, em declarações anteriores, Lula vinha evitando responsabilizar diretamente a Rússia pela invasão do território ucraniano.

No entanto, antes da ligação, o representante da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, havia declarado que o país não aceitaria proposta de paz “a qualquer custo”. Segundo ele, um possível acordo com a Rússia depende da saída das tropas do Kremlim do território ucraniano

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