Lula convoca países do G7 a se comprometerem com o combate à insegurança alimentar

Atualizado em 20 de maio de 2023 às 13:08
Lula em reunião durante a Cúpula do G7. Foto: Ricardo Stuckert

Durante a Cúpula do G7, em Hiroshima no Japão, representantes dos 14 países presentes assinaram uma declaração de ação para garantir a segurança alimentar em escala global. O compromisso foi selado neste sábado (20) após o presidente Lula discursar sobre a necessidade de combater a fome no primeiro dia da reunião entre representantes das “sete democracias mais ricas do mundo” e outros sete países convidados.

As lideranças internacionais se comprometeram para cooperar com a comunidade internacional, “para fortalecer a segurança alimentar e nutricional global”. A dificuldade da exportação de grãos que vinham da Rússia e Ucrânia aparecem como uma “crise imediata” que precisa de concentração especial de esforços.

Segundo as Nações Unidas, 828 milhões de pessoas estiveram em situação de fome e 2021. No discurso, Lula disse que as lideranças devem voltar os esforços para o combate às pautas como fome e preocupações climáticas, ao invés de olharem apenas para o crescimento econômica. “A falsa dicotomia entre crescimento e proteção ao meio ambiente já deveria estar superada. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade deve voltar ao centro da agenda internacional, assegurando o financiamento adequado e transferência de tecnologia”, disse.

Na declaração, o G7 pretende criar mecanismos de preparação para a prevenção de futuras crises de alimentação mundial. “Reafirmar que o comércio agrícola deve ser baseado em regras, aberto, justo, transparente, previsível, inclusivo, não discriminatório e consistente com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz a declaração.

Durante a primeira sessão “Trabalhando Juntos para Enfrentar Múltiplas Crises”, Lula criticou a formação de blocos que contemplam “apenas um número pequeno de países” e defendeu a reforma das instituições globais para permitir que a composição “dialogue com as demandas e interesses de todas as regiões do mundo”, lembrando de países do continente africano, sempre subresentados em eventos como este.

“Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as “crises múltiplas” que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global”, afirmou o representante do Brasil em seu discurso.

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