Lula defende sigilo sobre votos dos ministros do STF: “Evitar animosidade”

Atualizado em 5 de setembro de 2023 às 11:22
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o podcast semanal “Conversa com o Presidente”. Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (5), que a posição individual dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os votos de cada magistrado não sejam divulgados. As declarações foram feitas durante o podcast semanal “Conversa com o Presidente”.

“Esse país precisa aprender a respeitas as instituições. Não cabe ao presidente da República gostar ou não de uma decisão da Suprema Corte. A Suprema Corte decide, a gente cumpre. É assim que é”, afirmou o chefe do Executivo.

“Eu, aliás, se eu pudesse dar um conselho, é o seguinte: a sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte. Sabe, eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votou a maioria 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber foi o Uchôa que votou, foi o Camilo que votou. Aí cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz”.

Para Lula, isso evitaria “animosidade” contra as instituições: “Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é o jeito de a gente mudar o que está acontecendo no Brasil. Porque do jeito que vai, daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, não pode mais passear com a sua família, sabe, porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele”.

Vale destacar que, nas últimas semanas, o ministro Cristiano Zanin, do STF, passou a ser pressionado nas redes sociais por conta dos seus votos supostamente conservadores em relação a descriminalização da maconha e a penalização da LGBTQIA+fobia.

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