
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta, 27, em um café da manhã com jornalistas de que o DCM participou, que, enquanto ele estiver no governo, não haverá ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Brasil.
Foi um recado direto às Forças Armadas, sobretudo ao núcleo bolsonarista que ainda se mantém ativo nos quartéis.
Segundo Lula, os eventos do 8 de janeiro foram “um desvio” provocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, “um governante que sabia fazer tudo, menos governar”. Ele avisou ao ministro da Defesa, José Múcio, que não haverá militares em favelas do Rio de Janeiro enquanto for presidente.
Lula não quer repetir, segundo ele, os erros da intervenção federal de 2018, no governo Michel Temer, comandada pelo general bolsonarista Walter Braga Netto. “Se gastou uma fortuna e não adiantou nada”, falou o presidente. “O bandido tira férias e volta”.
Segundo Lula, não se pode ficar julgando os militares “pelas loucuras do 8 de janeiro” porque, garantiu, os envolvidos fardados serão punidos “exemplarmente”.

“Tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Mucio (ministro da Defesa) para discutir uma participação no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é esse o papel das Forças Armadas”, afirmou.