
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (4) a redução de alimentos processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas.
O anúncio ocorreu durante a 6ª edição do Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A partir deste ano, será permitido no máximo 15% de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas — antes, o percentual era de 20%. Em 2026, o limite desses itens na merenda será reduzido para até 10%.
A medida tem como objetivo oferecer uma alimentação mais saudável aos estudantes, priorizando alimentos nutritivos, produção local e maior diversidade de cultura alimentar das regiões do país.
“Uma criança que sai de casa sem tomar café, que não jantou uma janta de qualidade com as calorias e a proteínas necessárias à noite, o que ela vai aprender na escola? Quem nunca passou fome não sabe a capacidade de não aprender nada com fome. É duro. Paulo Freire dizia, quando a gente come, a gente fica inteligente”, afirmou Lula.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o programa vai priorizar a compra de alimentos da agricultura familiar, com recorte para mulheres agricultoras. A lei já determina que 30% dos alimentos comprados devem ser provenientes da agricultura familiar.
“Nós sabemos os impactos desses alimentos [ultraprocessados] na alimentação dessas crianças, o problema da obesidade. Portanto, o PNAE vai garantir qualidade nessa alimentação”, destacou Santana.
“O PNAE já um grande indutor e essa nova diretriz potencializa ainda mais esse impacto, garantindo que mulheres agricultoras tenham papel central na alimentação de nossas escolas”, acrescentou.