
A saída do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi tratada diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias. Segundo apuração, o ministro comunicou o desejo de deixar o cargo, e Lula afirmou que avaliaria um substituto. A mudança não é imediata e deve ocorrer nas primeiras semanas de 2026. Com informações da Folha.
Integrantes do governo relatam sinais de cansaço de Lewandowski após dois anos à frente da pasta. Parte da cúpula do Executivo defende que a substituição ocorra após a tramitação da PEC que reorganiza atribuições na área de segurança pública entre União e estados. Ainda não há data definida para a votação da proposta no Congresso.
No entorno de Lula, há discussões sobre o perfil do próximo titular. Um grupo defende alguém com atuação mais combativa, especialmente se houver divisão entre Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública. Hoje, as duas áreas estão sob responsabilidade de Lewandowski.
Entre os nomes citados estão o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Também foi mencionado o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco. Aliados ponderam, contudo, que nenhuma decisão foi tomada pelo presidente.

Rodrigo Pacheco já indicou a interlocutores que não deve assumir cargos no Executivo. Já Jorge Messias foi escolhido por Lula para o Supremo Tribunal Federal, o que exigiria rever a indicação caso fosse deslocado para o Ministério da Justiça. O presidente não sinalizou mudanças nessa escolha.
As conversas no governo indicam que Lula ainda avalia cenários e não definiu o sucessor. Interlocutores afirmam que o presidente pode optar inclusive por um quarto nome. Até o momento, os cotados têm perfil discreto e seguem em análise no Planalto, sem anúncio oficial.