Lula diz na Fiesp que Bolsonaro gostaria de “carta feita por milicianos”

Atualizado em 9 de agosto de 2022 às 13:47
Lula

Em sabatina na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) debateu propostas para o Brasil com diretores, conselheiros, associados e sindicatos ligados à entidade e ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

O evento aconteceu um dia após o petista assinar a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”, manifesto organizado pela Fiesp e elaborado por ex-alunos da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).

Lula detonou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário nas eleições deste ano, por tentar descredibilizar o documento, assinado por diversos políticos, artistas, empresários, banqueiros etc. Segundo ele, o que deixaria o atual chefe do Executivo satisfeito seria uma “carta feita por milicianos”.

“Como é que a gente pode viver num país em que o presidente conta sete mentiras todo dia? E com a maior desfaçatez. Que chama uma carta, que defende a democracia, de cartinha? Quem sabe a carta que ele gostaria de ter é uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro e não uma carta feita por empresários, intelectuais, sindicalistas defendendo um regime democrático”, afirmou Lula.

Em seu discurso, Lula disse que trabalhará para realizar duas reformas, caso eleito: a tributária, que está nas propostas de governo do PT apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a administrativa, que não consta no documento.

Veja como foi o pronunciamento do ex-presidente: