O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante a cerimônia de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, que a unidade, quando estiver em pleno funcionamento, terá uma receita anual de US$ 100 bilhões.
O chefe do Executivo destacou a importância da expansão da RNEST e chamou 2024 de “ano da colheita”, enfatizando os benefícios econômicos esperados. “Este ano é o ano da colheita. E a primeira árvore frondosa que estamos colhendo é a ampliação da Rnest”, disse Lula.
No decorrer de seu discurso, o presidente também criticou a Operação Lava Jato, alegando que foi orquestrada por “alguns juízes e procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.
“Quando eu deixei a Presidência eu tive as contas dos meus oito anos de governo aprovadas por unanimidade no Tribunal de Contas e no Congresso. Somente cinco anos depois começou o processo de denúncia contra a Petrobras. Não era contra a Petrobras, porque se você quisesse de fato apurar corrupção, você apurava. O que não pode punir é a soberania de um país como o Brasil, e da sua empresa mais importante”, disse o petista.
Vale destacar que o projeto de expansão da RNEST prevê a geração de aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos, alinhado ao Plano Estratégico 2024-28+ da Petrobras e integrado ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A conclusão do Trem 2 até 2028 aumentará a capacidade de processamento da refinaria para 260 mil barris de petróleo por dia.
A Petrobras lançou o Programa Autonomia e Renda durante o evento, oferecendo cursos de capacitação em parceria com SESI-SENAI e Institutos Federais. Com mais de 19 mil vagas disponíveis em diversos estados, o programa incluirá bolsas-auxílio, com prioridade para grupos vulneráveis, como mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e refugiados.
O investimento previsto pela Petrobras na RNEST é de US$ 17 bilhões até 2028, visando mais que dobrar a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, com US$ 8 bilhões destinados à unidade pernambucana.
A Refinaria Abreu e Lima, concebida em 2005, incorporará a primeira unidade SNOX do refino brasileiro, dedicada à transformação de óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto comercializável, além da construção do Trem 1 (Revamp) para ampliar a produção e melhorar o escoamento de produtos leves.