Lula e Lira conversam e selam a paz após reunião de uma hora e meia

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 17:46
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Veja

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), selaram a paz após uma reunião de uma hora e meia no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (9), segundo fontes próximas aos dois líderes.

O pedido para uma reunião partiu de Lira e foi aceito pelo petista. Aliados afirmam que a conversa foi “muito boa” e consideram que não haverá mais tensões entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados.

Lira afirmou aos seus assessores que “zerou” as desavenças com o Executivo. O político já havia recuado de suas declarações, expressando a intenção de evitar crises com o governo.

Durante o encontro, o presidente da Câmara teria dito ao petista que sempre apoiou o governo com uma postura “colaborativa”, destacando que reconheceu rapidamente a vitória de Lula após as eleições de 2022.

Além disso, ele mencionou uma série de medidas aprovadas na Câmara que beneficiaram o governo, como a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Transição e diversas propostas econômicas, incluindo a reforma tributária, arcabouço fiscal e outras.

O presidente da Câmara também reclamou do que considera falta de cumprimento de acordos por parte do governo, incluindo a ausência de consultas prévias aos parlamentares sobre vetos presidenciais, como no caso da MP da reoneração apresentada pelo Ministério da Fazenda em dezembro, sem o consentimento do Congresso.

Por sua vez, Lula questionou o motivo do tom áspero adotado por Lira na abertura do Congresso. O político explicou que foi uma resposta à falta de resposta sobre as reclamações do Planalto.

Líderes próximos a Lira acreditam que, a partir de agora, não haverá mais desentendimentos, e que a agenda legislativa será acordada de forma consensual.

As relações com o Planalto estavam tensas desde o final do ano passado, quando Lira e líderes do Centrão criticaram a demora no pagamento de emendas parlamentares.

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