Lula e ministros do STF se reuniram no Alvorada pouco antes de explosão

Atualizado em 14 de novembro de 2024 às 6:58
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e corpo de Francisco Wanderley Luiz, bolsonarista responsável pelo ataque com bomba no STF na quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Palácio da Alvorada na noite de quarta-feira (13), horas antes de o bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, se explodir na Praça dos Três Poderes.

A reunião contou com a presença de Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, além do chefe da Polícia Federal, para avaliar cenários e discutir temas do Judiciário.

Segundo auxiliares do atual chefe de estado brasileiro, o encontro com os ministros do STF estava previamente agendado, parte de reuniões frequentes. Gilmar já estava no Alvorada antes das explosões, enquanto Zanin chegou após o final de uma sessão no STF e Moraes em horário não informado. O clima, de acordo com fontes, era de “estupefação” com o que ocorria na Esplanada.

Durante o encontro, foram registrados dois focos de explosão, que alarmaram a capital federal. Um dos incidentes ocorreu próximo ao STF, enquanto o outro foi registrado em um veículo estacionado próximo a um anexo da Câmara dos Deputados.

Carro com explosivos próximo à Praça dos Três Poderes, segundo a PM, o veículo seria de Francisco Wanderley Luiz – Foto: Reprodução

Atividades interrompidas na Câmara e Senado

Com as explosões, a Polícia Militar foi acionada, e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciou uma varredura em busca de suspeitas e possíveis ameaças. A presença da polícia reforçou a segurança nas proximidades das sedes dos Três Poderes, que também contaram com a ação dos Bombeiros.

Na ocasião, a Câmara dos Deputados votava uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tratava de isenções tributárias para igrejas. Após as explosões, a votação foi suspensa e as atividades encerradas. No Senado, onde ocorria a discussão de um projeto sobre emendas parlamentares, a votação prosseguiu normalmente e teve o texto-base aprovado pela maioria dos senadores.

O que aconteceu

As explosões foram causadas pelo simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele acabou morrendo após detonar os explosivos que carregava. Segundo informações do portal Metrópoles, o impacto do artefato deixou seu corpo completamente desfigurado.

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

Francisco trabalhava como chaveiro e, em 2020, disputou uma vaga para vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal. Em suas redes sociais, ele já havia feito publicações com teor ameaçador, sugerindo antecipadamente a intenção de realizar um ataque.

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