Diretor do documentário “Lula”, que estreou neste domingo (19) no Festival de Cannes, Oliver Stone elogiou o petista e afirmou que ele é “corajoso” por lutar pela paz. O cineasta avalia positivamente as políticas sociais de seu governo e a política externa.
“Ele é muito corajoso, e uma pessoa importante, porque ele luta pela paz”, afirmou Stone a jornalistas neste domingo, horas depois da estreia da obra. O cineasta americano diz que o presidente ainda não viu a obra, mas deve enviar a ele “em breve”.
Rob Wilson, que dirigiu a obra junto de Stone, também elogiou Lula: “É uma pessoa na qual vemos força, alguém pragmático, e por isso o admiro mais do que ao Bernie Sanders, por exemplo”.
O documentário trata da prisão do petista, em abril de 2018, e cobre o período até as eleições de 2022, quando derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Stone diz que o filme é uma aula de “política brasileira para leigos” e uma tentativa de educar os estrangeiros para os últimos acontecimentos no Brasil. Apesar disso, ele afirma que não pensou em um “público específico” ao dirigir o documentário.
“É um filme feito a partir da perspectiva americana”, descreve o cineasta. Durante a conversa com os jornalistas, ele ainda fez um mea culpa pelo envolvimento do país em conflitos de nações no continente.
“Nós, americanos, somos valentões. Valentões e arrogantes, e eu não podia ignorar isso neste documentário. Esses caras acham que podem interferir na política de todo mundo, e ninguém fala disso. São uns filhos da p*ta”, diz ele sobre autoridades americanas.
Stone ainda foi questionado se teria vontade de entrevistar Bolsonaro para o filme e afirmou: “Eu adoraria falar com Bolsonaro! Só acho que não aprenderíamos nada com ele, né?”.