Há poucos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidando-o a visitar o Brasil. No documento, Lula destacou a atual boa relação entre os dois países, salientando que a diplomacia Brasil-EUA completa 200 anos.
O convite de Lula tem como propósito a celebração do bicentenário dessa relação diplomática e busca estreitar os laços bilaterais. Nos bastidores, informações apuradas pela jornalista Natuza Nery indicam que Lula pretende realizar esse gesto durante um momento crucial do processo de sucessão de Biden, motivado por diversos fatores.
O presidente reconhece os gestos positivos de Biden em relação ao Brasil, especialmente durante a transição de governo. Após a confirmação da vitória de Lula em 2022, os EUA, sob a liderança de Biden, rapidamente parabenizaram o novo presidente brasileiro, o que foi considerado um reconhecimento importante.
.@POTUS: "Parabéns ao Luiz Inácio Lula da Silva por ser eleito o próximo presidente do Brasil após um processo eleitoral livre, justo e confiável. Espero trabalharmos juntos para continuar a cooperação entre nossos países nos próximos meses e anos". https://t.co/u7hHrGmplN pic.twitter.com/AGhG5xB0oz
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) October 30, 2022
Biden também demonstrou agilidade ao enviar Jake Sullivan, conselheiro nacional de segurança americana, para se reunir com o governo brasileiro durante o período de transição, estabelecendo uma conversa significativa com Lula. Além disso, a rápida resposta do presidente norte-americano aos ataques golpistas em Brasília, em janeiro de 2023, foi apreciada pelo líder brasileiro.
Neste momento de sucessão nos Estados Unidos e imersão no debate eleitoral, não há sinalização de que Biden aceitará o convite para visitar o Brasil. No entanto, Lula acredita que a vinda do presidente americano, com uma agenda focada em questões ambientais e no crescimento econômico por meio de energias renováveis, seria um gesto relevante.
O convite está formalmente estendido, mas ainda não há confirmação da visita neste momento, dadas as circunstâncias eleitorais nos EUA.
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