Lula fala pela 1ª vez sobre chacina no Rio: “Não podemos aceitar”

Atualizado em 29 de outubro de 2025 às 21:30
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o presidente Lula. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou pela primeira vez, em publicação no X nesta quarta-feira (29), sobre a chacina no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos, e defendeu um “trabalho coordenado” contra o crime organizado. A operação policial, considerada a mais letal da história do estado, ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão e teve como alvo integrantes da facção Comando Vermelho.

De acordo com autoridades locais, a operação foi iniciada na terça-feira (28) com objetivo de alcançar lideranças envolvidas com tráfico de drogas. A ação mobilizou unidades policiais e resultou em confrontos em áreas de mata próximas às comunidades do Rio de Janeiro.

“Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador”, informou o petista.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”.

A manifestação ocorreu após parlamentares discutirem no Congresso Nacional propostas voltadas para reforçar a atuação federal na segurança pública. Informações sobre o andamento das investigações seguem sendo atualizadas por órgãos estaduais.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou nesta quarta-feira (29) um acordo com o Governo Federal para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado no estado. A estrutura funcionará em território fluminense e terá foco em ações coordenadas com Brasília.

A formalização da medida aconteceu após reunião entre representantes do governo estadual e integrantes do Ministério da Justiça. O encontro também tratou de estratégias de segurança pública e do compartilhamento de informações.