
Um dos trechos mais importantes da entrevista de Lula ao Jornal Nacional foi aquele em que o presidente largou no colo de Bolsonaro o plano dos assassinatos no final de 2022:
“Ele tentou preparar a minha morte, a morte do presidente da Suprema Corte, que na época era o ministro Alexandre de Moraes, e a morte do vice-presidente. E não é ninguém da oposição que está falando, são os militares que estavam com ele, é o ajudante de ordens dele”.
Lula só trocou o cargo de Moraes, que era presidente do TSE, e não do Supremo na época do plano, em novembro de 2022, segundo as investigações da Polícia Federal.
Dois oficiais kids pretos, das forças especiais do Exército, que teriam recebido a missão de cometer os assassinatos, depois de uma reunião na casa de Braga Netto, estão presos preventivamente e são réus pela trama do golpe.
O plano é uma das questões controversas do golpe. Braga Netto disse, no interrogatório no STF, que não tratou da encomenda dos assassinatos em sua casa, em 12 de novembro.
O relatório da PF informa: “Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”.
O documento da PF continua: “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”. O ministro era Moraes.