Lula manda Itamaraty trazer corpo de Juliana Marins de volta ao Brasil

Atualizado em 26 de junho de 2025 às 14:03
A jovem brasileira Juliana Marins morreu quatro dias após sofrer acidente durante trilha em vulcão da Indonésia. Foto: Reprodução

O presidente Lula determinou, nesta quinta (26), ao Ministério das Relações Exteriores que providencie o traslado do corpo de Juliana Marins, que morreu após cair em um vulcão na Indonésia, para o Brasil. A decisão foi comunicada ao pai de Juliana, Manoel Marins, durante uma conversa por telefone.

“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, afirmou o presidente.

O Itamaraty havia informado à família que não poderia arcar com as despesas do transporte. Em nota, a pasta explicou que auxilia parentes de brasileiros falecidos no exterior apenas na expedição de documentos, mas não custeia o traslado de corpos.

A legislação brasileira, de acordo com o Artigo 257 do decreto 9.199/2017, limita a assistência consular a situações específicas, como em casos de catástrofes naturais ou conflitos, e não cobre despesas com sepultamento ou transporte de corpos.

Juliana foi declarada morta na última terça (24), após quatro dias de tentativas de resgate no vulcão da Indonésia. Quando os socorristas conseguiram chegar até seu corpo, confirmaram a sua morte. Sua família vinha se organizando para arcar com os custos do traslado.

Além de organizar o transporte do corpo de Juliana, a família se prepara para uma batalha na Justiça contra autoridades da Indonésia por “negligência”. Segundo os pais da jovem, se a operação de resgate tivesse sido acelerado, ela “ainda estaria viva”.

Durante os quatro dias em que ficou no vulcão, Juliana não recebeu água, comida ou agasalhos enquanto aguardava o resgate.