O G1, site do Grupo Globo, acaba de noticiar em manchete: “Ministério Público Eleitoral pede que TSE negue registro da candidatura de Lula”. Era o movimento esperado, não surpreende, mas o veículo da Globo destaca como notícia principal do site.
Até aí, tudo bem. Os leitores do site se alimentam disso.
Mas a grande notícia vigente, a determinação da ONU para que Lula participe da campanha enquanto aguarda a revisão de seu julgamento em “procedimento justo”, teve um tratamento distinto: ora ignorada, ora distorcida, através de seus comentaristas, quando muito relegada a espaços insignificantes.
Ao tentarem esconder o fato, brigam com a notícia e defendem interesses que ainda não estão muito claros, mas que do Brasil é que não são.
Informa o G1:
O vice-procurador geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, apresentou parecer nesta segunda-feira (20) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo para a Corte negar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
A manifestação foi apresentada em quatro ações de inelegibilidade apresentadas por cidadãos que questionam o pedido de registro de Lula no TSE.
Seria interessante o G1 informar quem são os cidadãos. Um deles é o ex-ator pornô Alexandre Frota.
Segue a notícia do site do Grupo Globo:
O ex-presidente está preso desde abril em Curitiba, condenado pela segunda instância da Justiça no caso do triplex do Guarujá a uma pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os pedidos contra a candidatura afirmam que Lula é inelegível porque foi condenado em segunda instância e, por isso, impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa.
“Com efeito, candidato está inelegível, e o mesmo fato fundamenta a impugnação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral”, diz Medeiros.
No parecer, o vice-procurador pede o “reconhecimento da causa de inelegibilidade” e reitera os argumentos já apresentados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que impugnou (apresentou questionamento) a candidatura na semana passada.
O espaço dedicado pelos veículos do Grupo Globo a combater a candidatura de Lula será cada vez maior.
A candidatura do ex-presidente é apoiada por por mais da metade dos eleitores que já decidiram seu voto (no limite da margem de erro, segundo pesquisa divulgada hoje pela CNT/MDA).
Mas, para a velha imprensa, viciada em negócios, isso não importa.
Continuará tentando legitimar a fraude.
Fraude?
Mas ele foi condenado em segunda instância, repetem.
É ficha suja, esgrimem.
Mas omitem que o processo foi conduzido, em primeira instância, por um juiz que se comporta como parte — era herói, quase unanimidade, hoje tem menos aprovação que Lula.
Omitem também que o recurso, apreciado pelo Tribunal Regional Federal da 4a. Região, teve o processo transitado em uma velocidade recorde, ao que tudo indica para que houvesse uma condenação em sincronia com o calendário eleitoral.
Quem julga os recursos nas instâncias superiores são magistrados do Paraná, com ligações com o juiz de primeira instância, como fossem instrumentistas de uma orquestra.
Um deles conta com a assessoria, nos assuntos da Lava Jato, de um juiz que passou em concurso no Paraná sob suspeita de fraude.
É vergonhoso.
E o Grupo Globo continua com seu noticiário relativo a Lula ancorado nessas figuras.
Tudo bem que defende a origem de tudo isso, o boato de 2010 que o jornal O Globo transformou em reportagem e, com isso, atraiu o interesse de investigadores em busca de holofotes.
A condenação de Lula é, portanto, assunto dela, Globo.
Mas será que só isso explica tamanha desonestidade com o público?
Não deve ser só isso.
O que está por trás?
Por que temem tanto Lula?