Lula planeja reforma ministerial mais ampla para 2024

Atualizado em 25 de dezembro de 2023 às 7:52
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: reprodução

Após um primeiro ano de trocas e ajustes nos Ministérios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma reforma ministerial mais abrangente para o início de 2024. Este movimento coincide com o segundo ano de seu mandato e com as eleições municipais, podendo reorganizar o cenário político e exigir movimentações estratégicas.

Lula já havia sinalizado a avaliação do desempenho de seus auxiliares após o primeiro ano de governo, mencionando a possibilidade de substituições necessárias. Recentemente, ele convocou uma reunião com os 38 ministros para uma análise do ano de 2023 e projeções para o novo ano, discutindo metas e objetivos para cada pasta em 2024.

Durante os seis primeiros meses de mandato, apenas uma mudança ministerial ocorreu, surpreendendo até mesmo aliados que esperavam movimentações anteriores. As substituições incluíram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em maio e o Ministério do Turismo em julho, esta última visando o apoio da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados.

No cenário futuro, a saída iminente de um ministro para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro abrirá espaço para novas mudanças na Justiça e possivelmente na Segurança Pública. Além disso, o ministro da Defesa, José Múcio, também poderá deixar o cargo em breve, após um período de dificuldades na busca por um sucessor.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: reprodução

Outros ministros enfrentam incertezas em relação à permanência, como Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), cuja posição está sendo questionada devido ao peso da bancada no Congresso. Ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) têm enfrentado críticas por suas interações com o Congresso e outras pastas.

O governo federal enfrentou desafios na consolidação de sua base na Câmara dos Deputados, resultando em reveses significativos com a derrubada de vetos presidenciais em leis prioritárias, como a desoneração da folha e o marco temporal para terras indígenas.

Apesar das possíveis mudanças, certos ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação) mantêm posições firmes no governo Lula, segundo informações do Metrópoles.

O período também testemunhou a criação de uma nova pasta, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, destinada ao aliado Márcio França (PSB), resultando em um total de 38 pastas no governo Lula.

Vale destacar que essas mudanças incluíram substituições em pastas importantes, como o Ministério do Esporte, além de gerar críticas devido à redução no número de mulheres nos ministérios.

Com 9 auxiliares mulheres entre 38, Lula enfrenta pressões por mais diversidade e representatividade na Esplanada dos Ministérios, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as demandas do Centrão por mais cargos e recursos.

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