A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta (18), mostra que o presidente Lula será competitivo em 2026 e tem possibilidade concreta de vencer já no primeiro turno. Segundo o levantamento, em cenários de fragmentação da oposição, o petista alcança de 32% a 35% das intenções de voto, enquanto os adversários mais fortes seriam Jair Bolsonaro (24%), Michelle Bolsonaro (18%) e Tarcísio de Freitas (17%).
Felipe Nunes, diretor da Quaest, destaca que a entrada do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como candidato fragiliza ainda mais a oposição. “Nos cenários em que a direita radical lança Eduardo para competir com outro nome, Lula passa a ter chances reais de vencer já no primeiro turno”, explica. Nesses casos, o presidente aparece entre 40% e 43%, superando a soma dos dois principais adversários.
A pesquisa testou combinações entre Eduardo e outros nomes de direita. Na disputa contra uma chapa com Eduardo e Tarcísio, Lula teria 43% contra 36% da soma dos adversários. Contra o deputado e Ratinho Jr, o petista aparece com 42% frente a 37%. Situações semelhantes ocorreram com Zema e Caiado, sempre com vantagem para Lula acima dos 40%.
2/ Nos cenários em que a direita radical lança Eduardo para competir com algum outro nome da direita, Lula passa a ter chances de vencer já no 1º turno. O atual presidente teria entre 40% e 43% das intenções de voto, percentual maior que a soma dos outros dois nomes:
Tarcísio +… pic.twitter.com/lfjGJajp3r
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) September 18, 2025
Nos cenários de segundo turno, chama a atenção a força de Ciro Gomes, que aparece como o adversário mais competitivo, sete pontos atrás de Lula. Tarcísio surge na sequência, com desvantagem de oito pontos. Ratinho Jr aparece doze pontos atrás, enquanto Bolsonaro, Michelle, Caiado e Eduardo têm desvantagens mais amplas.
Ainda de acordo com Felipe Nunes, há estabilidade nos cenários de segundo turno contra governadores como Tarcísio e Zema. Lula tem mantido vantagem acima de dez pontos em ambos os casos. “Mesmo quando há variações, elas são mínimas e não alteram o quadro de estabilidade”, observa o diretor da Quaest.
Outro dado relevante está na rejeição acumulada de nomes da oposição. Bolsonaro saltou de 57% para 64% de rejeição, Michelle de 51% para 61% e Eduardo de 57% para 68%. Já Lula manteve 52%, enquanto Tarcísio, Zema e Caiado ficaram em patamares mais baixos. Para Nunes, isso explica por que a fragmentação do campo da direita favorece a possibilidade de vitória de Lula já no primeiro turno.
Apesar desse cenário, 59% dos entrevistados afirmam que Lula não deveria tentar a reeleição em 2026. Entre os nomes citados como possíveis substitutos do petista estão Geraldo Alckmin (9%), Simone Tebet (6%) e Fernando Haddad (5%).
O levantamento também apontou que 76% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro deveria desistir de tentar disputar a presidência e apoiar outro candidato. Ao mesmo tempo, 49% dos entrevistados disseram temer a volta do bolsonarismo, número maior que os 41% que declararam temer a continuidade do governo Lula.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.