A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) lançou nesta quarta-feira (3/9) uma campanha para incentivar os brasileiros a usarem a camisa amarela da seleção no Dia da Independência. O vídeo divulgado nas redes sociais personifica a peça, que aparece como uma “camisa falante” saindo do armário e convidando a população a resgatar o uniforme como símbolo nacional.
“Nem acredito que tô livre daquela gaveta. Voltei, Brasil. Que saudade, meu povo!”, diz a voz que representa a camisa. Em outro momento, ela acrescenta: “Não tem jogo, mas tem Brasil em campo”. O tom da campanha é descontraído e busca associar a peça às comemorações de soberania.
A escolha do uniforme tem peso político. A camisa da seleção se tornou símbolo de mobilizações da direita e foi usada em larga escala por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em atos públicos. A Secom agora tenta desvincular a imagem, associando-a às celebrações oficiais do 7 de setembro.
O lançamento ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, acusado de tramar golpe de Estado, e à convocação de manifestações da direita pelo perdão ao ex-presidente. O governo, por sua vez, mobiliza a militância para atos em defesa da soberania nacional e do “Brasil independente”.
No vídeo, a camisa diz estar “meio amarrotada” e com “cheiro de guardado”, mas pronta para voltar às ruas. A proposta é que o uniforme seja usado não apenas no 7 de setembro, mas também no cotidiano, como símbolo de unidade e orgulho nacional.
O governo aposta que a ressignificação da amarelinha possa ampliar sua presença em atos cívicos e culturais, retomando o uso da peça como ícone de identidade do país. A campanha tem sido divulgada nas redes sociais oficiais do Palácio do Planalto.
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