Nesta terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu oficiais e integrantes das Forças Armadas. O encontro aconteceu nas dependências do Palácio do Planalto, em Brasília.
Foi o terceiro compromisso da agenda de Lula com membros militares. O principal objetivo da reunião é amenizar a crise entre o governo e militares, instaurada após as invasões de 8 de janeiro por extremistas bolsonaristas em Brasília.
Lula participará da Cerimônia de Apresentação dos Oficiais Generais, promovidos em 31 de março de 2023. As promoções ocorrem três vezes ao ano e esta é a primeira do novo mandato do petista. Ao todo, 56 oficiais das três forças militares (Exército, Marinha e Aeronáutica) foram promovidos a generais.
Os chefes das Forças Armadas, o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, do Exército; o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, da Marinha; e o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, da Aeronáutica, além do ministro da Defesa, José Mucio, acompanham Lula na cerimônia.
A relação de desconfiança entre o governo petista e os militares perdura desde a vitória de Lula. O momento mais tenso, contudo, teve início nos ataques terroristas de 8 de janeiro. Nos dias subsequentes à tragédia, o presidente foi a público dizer que as áreas de inteligência das Forças haviam falhado. As falas de Lula intensificaram a relação ruim entre o governo e a ala.
Uma das estratégias que o governo adotará é vencer a resistência entre os militares promovendo maior atenção à instituição, à exemplo da compra de equipamentos para as Forças Armadas.
Lula e seus auxiliares têm como meta promover uma despolitização dos quarteis. É consenso no Ministério da Defesa que a maior parte dos militares torcia pela vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição do ano passado. O ex-presidente, inclusive, mantinha uma relação próxima com os fardados e participava com frequência de formaturas de futuros oficiais.