Lula se reúne com reitores para encerrar greve de professores na quinta-feira

Atualizado em 4 de junho de 2024 às 6:39
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto. Foto: Reprodução

Na quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com reitores das universidades federais e dos institutos federais (IFs) para discutir o fim da greve dos docentes. O encontro ocorre após 50 dias de paralisação, que tem gerado impactos significativos na educação superior.

A reunião terá como pauta principal a negociação de reajustes salariais para os educadores. Além disso, serão discutidos os repasses do governo para áreas essenciais como pesquisa, ensino e infraestrutura nas instituições de ensino superior.

Os reitores vêm pressionando o governo por mais ações e projetos que possam melhorar a situação financeira das universidades e institutos federais. Eles defendem um reajuste salarial que compense as perdas inflacionárias e a reestruturação da carreira docente, além de mais investimentos em pesquisa e manutenção.

Na segunda-feira (3), o governo já havia se reunido com entidades representativas dos professores, mas informou que não haverá reajuste salarial neste ano para nenhuma categoria. O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e o Ministério da Educação (MEC) destacaram as limitações orçamentárias que impedem novos aumentos.

As entidades sindicais decidiram continuar a greve até que suas demandas sejam atendidas. “Vamos manter a paralisação enquanto nossas reivindicações não forem contempladas”, afirmou Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

De acordo com o Andes-SN, 58 universidades federais, três institutos federais e dois centros federais de educação tecnológica (CEFETs) estão em greve. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) informou que 580 dos 660 campi estão parados.

Professores do ensino superior protestam por aumento salarial – Foto: Reprodução

Na última semana, o governo assinou um acordo de reajuste salarial com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes). Entretanto, a medida foi suspensa pela Justiça, pois prejudicaria professores que não se sentem representados pela entidade.

A proposta do governo prevê um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos. “Esta é a melhor proposta possível dentro das condições atuais”, afirmou um representante do MGI.

As entidades sindicais consideram a proposta insuficiente e propuseram reajustes de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. No entanto, o governo afirma não ter mais espaço no orçamento para conceder aumentos adicionais neste ano.

Lula reiterou o compromisso do governo com a educação e o diálogo contínuo. “Estamos empenhados em encontrar uma solução que atenda aos anseios de todos”, disse o presidente. A data de uma nova reunião ainda não foi definida, mas a expectativa é de que o diálogo leve a uma resolução que ponha fim à greve.

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