
O presidente Lula se reuniu nesta quarta (24), em Nova York, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro, que durou cerca de 40 minutos, ocorreu em paralelo à Assembleia Geral da ONU. O brasileiro não deu declarações à imprensa após a conversa.
Na agenda de Zelensky, a reunião com o líder brasileiro foi seguida de uma bilateral com Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha. Foi a segunda vez que Lula e o presidente ucraniano se encontraram pessoalmente em Nova York desde o início da guerra com a Rússia.
Zelensky tem aproveitado suas idas à ONU para reunir apoio internacional à resistência contra a invasão russa, que já dura três anos e meio. Desde 2022, ele busca ampliar a cooperação militar, econômica e diplomática com diferentes países.
Na véspera, Lula havia abordado o tema em seu discurso de abertura da Assembleia Geral. O presidente defendeu uma “solução realista” para o conflito, por meio da negociação, argumentando que não haverá saída militar.

O Brasil condena a invasão russa, mas evita se alinhar diretamente às posições dos Estados Unidos e da União Europeia. Lula tem se colocado como possível mediador em eventuais negociações de paz.
Enquanto Lula e Zelensky conversavam, o presidente dos EUA, Donald Trump, também ajustava sua posição em relação ao conflito. Até então, ele sugeria que Kiev deveria ceder territórios à Rússia como parte de um acordo.
Após reunião com Zelensky, Trump afirmou em rede social que a Ucrânia pode, com apoio europeu, “lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”. “Depois de conhecer e entender completamente a situação militar e econômica da Ucrânia/Rússia, acho que a Ucrânia está em posição de lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”, escreveu.