Lula será candidato à reeleição. Por Emir Sader

Atualizado em 18 de fevereiro de 2025 às 8:31
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Foto: Reprodução

Por Emir Sader

Estranha a posição da direita: considera que Lula tem apenas 24% de apoio, que estaria liquidado politicamente. Mas, ao mesmo tempo, quer que Lula desista de ser candidato.

Se acreditam na pesquisa, deveriam se candidatar contra o Lula e não tratar de que outro possa ser candidato. Seria apenas ter um candidato contra o Lula e venceriam.

Será que é assim? Todos os índices econômicos e sociais são positivos. Lula derrotaria a todos os outros eventuais adversários.

Mas não se trata apenas disso para que Lula seja candidato à reeleição. Ele foi o melhor presidente que o Brasil já teve. É o principal personagem da história política do país.

Lula encontrou a melhor forma de lutar contra o neoliberalismo e a hegemonia do capital especulativo, raiz das tentativas de preservação das grandes desigualdades que caracterizam o Brasil. Os governos de Lula e Dilma implementaram a prioridade das políticas sociais, promovendo a retomada do crescimento econômico e o pleno emprego.

Lula e Dilma lado a lado, ele sério e ela sorrindo
Lula e Dilma Rousseff em fórum na Angola – Foto: Reprodução

Falta que as pessoas tenham plena consciência disso. Que compreendam que, se as suas condições de vida melhoraram, foi devido a essas políticas. Políticas que estão naturalizadas.

A que se contrapõem a campanha contra a política, contra o Estado, “contra tudo isso que está ai”. Que é a forma que adquiriu a campanha contra o Lula e o PT.

Sabem que se não debilitam a imagem do Lula, a extrema direita nunca poderá voltar ao governo. Haviam chegado ao governo, quando conseguiram, por um processo fajuto, reconhecido hoje pelo Judiciário: prender o Lula.

Lula será candidato à reeleição. Porque faz um ótimo governo, que precisa de continuidade. E porque é o melhor candidato, apesar da sistemática campanha da direita, tendo na mídia seu setor mais ativo nessa campanha.

Porque o que o Brasil precisa agora é não apenas manter a prioridade das políticas sociais, como avançar para quebrar o peso que tem o capital especulativo na economia e poder passar do antineoliberalismo ao pós-neoliberalismo. Isto é, a superação do neoliberalismo. Retomando a prioridade do desenvolvimento econômico, promover a esfera pública, em que o sujeito é o cidadão – sujeitos de direitos – contra a esfera mercantil – em que o sujeito é o especulador.

Sem isso, o Brasil não conseguirá retomar um ciclo longo expansivo da economia, o que a direita trata de evitar. Porque sabe que Lula é o presidente que pode levar a cabo esse projeto.

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