Lula tratou com Trump sobre a Magnitsky contra ministros do STF, diz Alckmin

Atualizado em 21 de novembro de 2025 às 22:15
Reunião entre Donald Trump e o presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta-feira (21) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tratou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação da Lei Magnitsky a ministros do Supremo Tribunal Federal. A declaração foi dada após questionamentos sobre as negociações comerciais entre os dois países.

Alckmin explicou que Lula apresentou dois pedidos ao governo norte-americano durante a conversa com Trump: a redução das tarifas impostas aos produtos brasileiros e a situação envolvendo ministros do STF. Segundo ele, o presidente detalhou argumentos econômicos e mencionou o tema das punições aplicadas pelos EUA. “E também colocou a questão da Lei Magnitsky em relação aos ministros que foram afetados”, disse.

O vice-presidente destacou que não há restrições nos assuntos tratados entre Brasil e Estados Unidos. “Não tem tema proibido”, afirmou, mencionando que as discussões envolvem temas tarifários e não tarifários. Ele citou ainda a existência de diálogo constante entre os dois governos.

vice-presidente Geraldo Alckmin, sério, olhando para o lado, de roupa social e óculos de grau
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) – Reprodução

Durante a entrevista no Palácio do Planalto, Alckmin também comentou sobre o interesse norte-americano em áreas como energia, data centers e terras raras. Ele mencionou o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), criado em setembro, e disse que o Brasil tem atraído investimentos no setor.

Questionado sobre futuras reuniões entre Lula e Trump, Alckmin informou que não há encontros confirmados. Ele afirmou que o presidente brasileiro convidou Trump para visitar o Brasil e que, se necessário, está disposto a ir a Washington.

O vice-presidente avaliou como relevante a retirada, pelos Estados Unidos, da tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros. Ele lembrou que, no início do tarifaço, a taxação de 50% atingia 36% das exportações brasileiras para os EUA, percentual reduzido agora para 22%.