- Lula no Encontro dos Comunicadores e Comunicadoras. Foto: Reprodução
Com a participação ao vivo de cerca de 400 pessoas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta terça (13) um Encontro dos Comunicadores e Comunicadoras na internet. O evento reuniu jornalistas, dirigentes partidários e políticos da equipe do ex-presidente, como André Janones.
Na transmissão ao vivo, Lula falou da violência da extrema direita, sobre a necessidade de reconstruir o Brasil e como realizar a comunicação em tempos difíceis para os brasileiros mais pobres.
Introduzido por Edinho Silva, coordenador da campanha nas eleições 2022, o evento com o ex-presidente teve mais de 6300 comunicadores cadastrados. “Não vamos competir com os robôs, com o gabinete do ódio do Bolsonaro. Sabemos que seremos atacados. Vamos organizar a nossa militância nas redes, na representatividade dos partidos e dos sindicatos que estão com Lula. Precisamos acreditar no potencial dessa militância existente”, explicou Edinho sobre a estratégia de comunicação no período eleitoral.
O evento também contou com participação de Jilmar Tatto, secretário de comunicação nacional do PT, que falou em “time vencedor” na disputa presidencial mesmo com os ataques da extrema direita. Tatto representou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Rui Falcão estava ausente devido a uma reunião na TV Globo para acertar os detalhes do debate com participação do ex-presidente. Altamiro “Miro” Borges representou os sites progressistas pelo Centro de Estudos Barão de Iraré. Esse encontro foi organizado pelo coletivo de comunicação da campanha do Lula, que reúne os 10 partidos da coligação e movimentos sociais.
Lula falou sobre a responsabilidade dos eleitores nas eleições de deputados. “Precisamos fazer aquele vídeo do Rai seja disseminado milhões de vezes. Não pode ser postado apenas uma vez. Muitas pessoas chegam no dia da eleição e pegam um carro para não votar”.
Ele também falou sobre a violência de bolsonaristas. “Eles podem tentar matar uma das nossas rosas, mas estamos na primavera. Isso vai fazer o povo brasileiro ir para a urna para digitar 13, com leveza espiritual. Temos que reconstruir não somente a economia, mas sim o modo de vida gostoso de se viver. Tem que viver com esperança”.
Lula falou sobre os robôs bolsonaristas
“O cara bolsonarista que trabalha com robô não tem solidariedade. Temos que colocar nas nossas mensagens aquilo que toca o coração. Falar de futuro é muito importante nos últimos dias de campanha”, disse Lula.
“Temos possibilidade grande de vencer essas eleições. Tem muita atividade, entrevista, debate e temos que falar sobre os nossos candidatos nos estados. Temos que eleger em São Paulo, Rio de Janeiro e nos estados do Nordeste”.
Prosseguiu: “Nós comunicadores dos movimentos sociais devemos dedicar tempo exclusivo para vencer de fato as eleições. Não é a vitória de um homem sobre outro homem. O que está em jogo é a recuperação do bem-estar da família brasileira”.
“Fiquei estarrecido com aquela cena do troglodita que disse que não daria cesta básica, humilhando aquela mulher com fome. Ele é um fazendeiro, recebeu R$ 5 mil de auxílio emergencial e foi processado por não pagar gado. É um mau-caratismo humilhar uma pessoa com fome. Essa pessoa não tem valor e não é ser humano. Temos que colocar pra fora isso nessa eleição. Não temos que convencer somente pela razão e sim pela emoção”, frisou.
Ainda: “Temos que conversar com as mulheres, com os menos favorecidos e entender todos os que estão sofrendo. Nossa candidatura representa a esperança. Ela representa a chegada da primavera. Temos que garantir os direitos elementares”.
E completou: “Não temos que fazer o jogo rasteiro dos nossos adversários. O humanismo e a fraternidade irão vencer a desumanidade dessas pessoas. Toda eleição que participo, eu tento ganhar no primeiro turno. Não temos que ter medo de querer isso. Podemos conquistar os 4% que faltam para vencer essa disputa nos próximos 20 dias. Esperança é o 13. Transmitam essa mensagem. Um beijo e um abraço”.
Após a fala de Lula, Janones também participou do evento. “Costumo dizer que não precisei fazer uma transição para o universo das redes sociais. Cresci politicamente nas redes. O bolsonarismo nadava de braçada na internet porque existia um vácuo. Mas o PT tem uma mobilização que não tem comparação com outros partidos”.
“Lembro-me de um aplicativo do Partido dos Trabalhadores que tinha no lançamento já 80 mil downloads. Isso não é comum entre partidos. Por essa razão, não podemos jogar toda a responsabilidade no PT ou no presidente Lula. Temos, como aliados, jogar como um time nas redes, entendendo que cada rede funciona de forma diferente”, completou.