Na noite da última terça-feira (31) em meio às possíveis tentativas de golpe por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) junto de seus apoiadores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que tais ameaças e falas não devem ser concretizadas já que segundo ele a voz do povo é a voz de Deus. O discurso foi feito durante o lançamento do livro “Querido Lula”, coletânea de cartas enviadas a ele durante a prisão.
“Não adianta o Bolsonaro dizer ‘Ah, eu vou dar o golpe’. ‘Ah, só Deus me tira daqui’. ‘Ah, eu não vou dar a faixa’. Como eu acredito que a voz do povo é a voz de Deus, a voz do povo vai tirar ele de lá’”, afirmou o petista, onde também comentou sobre o projeto amplo de combate as fake news e ataques ao sistema eleitoral brasileiro.
Além disso, ainda no evento Lula criticou a posição do chefe do Executivo frente aos últimos casos de violência policial, como na chacina na Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro e morte do Genivaldo, assassinado em uma câmara de gás improvisada dentro da viatura por policiais. Ambos os casos ligados a Polícia Rodoviária Federal, no qual Bolsonaro tem forte vínculo. Ele também citou a pandemia da covid-19.
“Vocês viram o atual presidente chorar com alguma morte de gente pelo Covid, vocês viram o presidente chorar por alguma que pessoa que morreu nesses acidentes e nessas chacinas, muitas vezes causadas pela polícia?”, questionou Lula.
“Estamos lutando contra gente muito ruim, lutando contra os matadores da Marielle, lutando contra os milicianos, lutando contra as pessoas que não têm medo de matar inocente, pessoas que não têm medo de fazer com o Genivaldo o que a Polícia Rodoviária Federal fez em Sergipe”, continuou.