A uma semana do segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, o candidato ultraliberal Javier Milei recebeu o respaldo do Nobel da Literatura Mario Vargas Llosa e o apoio de oito ex-presidentes latino-americanos. O manifesto em apoio a Milei foi assinado pelos ex-presidentes Iván Duque e Andrés Pastrana da Colômbia, Felipe Calderón e Vicente Fox do México, Jorge Quiroga da Bolívia, Luis Fortuño de Porto Rico e Sebastián Piñera do Chile.
Mauricio Macri, ex-presidente argentino, já havia declarado seu apoio anteriormente, juntamente com Mariano Rajoy, ex-primeiro-ministro da Espanha.
A chapa liderada por Milei, denominada “A Liberdade Avança”, expressou gratidão pelo apoio nas redes sociais, divulgando a carta assinada pelos notáveis líderes. No documento, os signatários alertam que um eventual retorno ao poder do peronismo representaria a continuidade de “um modelo econômico corporativo fracassado”. Argumentam que o plano peronista nada mais é do que uma retomada do projeto original de Néstor e Cristina Kirchner, visando a hegemonia política à custa do orçamento e da punição à oposição.
Apesar das diferenças ideológicas com Milei, os ex-presidentes e Vargas Llosa ressaltam que o candidato ultraliberal possui um diagnóstico preciso sobre os problemas econômicos do país e demonstra comprometimento com os ideais de liberdade. Os líderes afirmam que um eventual novo mandato kirchnerista poderia comprometer ainda mais os frágeis anticorpos que a Argentina possui.
Nas pesquisas eleitorais para o segundo turno, Milei mantém uma vantagem, com 52,1% das intenções de voto, enquanto seu adversário peronista, Sergio Massa, registra 47,9%, segundo a última sondagem da AtlasIntel divulgada na sexta-feira (10).
A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos. O candidato ultraliberal tem conquistado a maior parte dos votos da ex-candidata Patricia Bullrich, representante da direita tradicional, que passou a apoiar Milei após perder no primeiro turno com 23,8% dos votos.