Durante uma coletiva de imprensa em Praga, Emmanuel Macron admitiu nesta terça-feira, 5 de março, ter proposto um “salto estratégico” ao mencionar a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, alertando sobre a ameaça do “espírito de derrota”.
“É nossa responsabilidade ou não participar desta guerra? Podemos simplesmente virar as costas e permitir que os eventos se desenrolem sem intervenção? Eu acredito que não, e, portanto, foi um movimento estratégico que propus e assumo integralmente. Precisamos encarar a realidade da situação que se desenrola na Europa”, declarou Macron.
O presidente francês enfatizou que “a guerra está de volta ao solo europeu” e destacou a importância da “clareza” em suas palavras para atender às necessidades da Europa. Ao lado do presidente checo, Petr Pavel, Macron elogiou a decisão de Praga de adquirir munições fora da União Europeia para apoiar a Ucrânia, considerando-a “extremamente útil”.
“É um salto estratégico que citei e assumo”, diz Macron sobre envio de tropas à Ucrânia.
Presidente francês afirmou, no entanto, que não há consenso sobre a medida.
“Quem iniciou a guerra na Ucrânia? Vladimir Putin. Quem nos ameaça, o que quer que façamos, o que quer que… pic.twitter.com/gl4JVzrxmh
— Metrópoles (@Metropoles) March 5, 2024
Diante das ameaças, Macron afirmou que é crucial estar à altura da história e não se mostrar covarde: “Estamos, sem dúvida, nos aproximando de um momento na Europa em que será imperativo não agir com covardia. Não desejamos testemunhar as tragédias iminentes, não queremos ver o que está ocorrendo.
Acredito que nossos países estão conscientes da situação na Europa, com a guerra retornando ao nosso solo, as potências incontroláveis ampliando as ameaças a cada dia. Devemos estar à altura da história e da coragem que ela exige”, declarou o presidente francês.
Macron também mencionou o ditador russo em seu discurso, destacando que foi Vladimir Putin quem iniciou a guerra na Ucrânia e quem ameaça com armas nucleares. Ele enfatizou a importância de não ceder ao “espírito de derrota” diante de um adversário que não reconhece limites.