Macron sobe o tom, desafia Putin e sugere tropas na Ucrânia

Atualizado em 14 de março de 2024 às 23:07
Presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: Divulgação

O presidente da França, Emmanuel Macron, intensificou suas declarações contra o líder russo Vladimir Putin nesta quinta-feira (14), reforçando seu posicionamento em relação ao conflito na Ucrânia. Macron, ao ser questionado sobre a possibilidade de enviar soldados franceses para auxiliar a Ucrânia, enfatizou que “não haverá linhas vermelhas”.

Além disso, o francês alertou que o líder russo não cessará suas ações mesmo após uma eventual derrota da Ucrânia, destacando que a União Europeia ficaria desmoralizada diante desse cenário. Macron já havia provocado controvérsias no mês anterior ao não descartar a possibilidade de enviar tropas para apoiar Volodymyr Zelenski contra a invasão russa iniciada há mais de dois anos.

Em resposta, Putin repreendeu Macron e mencionou o risco de uma guerra nuclear entre as forças russas e da Otan, da qual a França faz parte. Ele enfatizou a intenção de reverter o artigo 5 da carta da Otan, que estabelece que um ataque a um membro equivale a uma ação contra todos.

Macron enfrenta isolamento em suas declarações belicosas dentro da Otan, buscando pressionar a Alemanha a ser mais incisiva em seu apoio a Kiev, que é o segundo maior beneficiário de doações militares de Berlim, depois dos Estados Unidos. No entanto, o Parlamento alemão rejeitou um pedido de envio de mísseis de cruzeiro a Zelenski, argumentando que isso poderia provocar uma escalada indesejada.

Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenski ao lado de Emmanuel Macron presidente da França. Foto: Divulgação

O presidente francês enfatizou a importância da vitória da Ucrânia neste conflito, afirmando que a credibilidade da Europa estaria em jogo. Ele ressaltou sua autoridade como presidente da França, destacando que a decisão final cabe a ele.

Essas declarações contrastam com a imagem anteriormente associada a Macron, conhecido por uma política externa mais conciliadora. No entanto, sua nova postura pode ser interpretada como uma tentativa de recuperar popularidade, visto que sua aprovação está em baixa.

Macron também foi destacado entre os líderes europeus e em relação ao presidente americano Joe Biden, que ainda não conseguiu aprovar uma grande ajuda financeira à Ucrânia devido a questões políticas internas que estão acontecendo nos Estados Unidos.

O presidente da União Europeia, Josep Borrell, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertaram para o risco existencial enfrentado pela Ucrânia devido à escassez de munição.

A agressividade recente de Macron pode ser atribuída, em parte, à sua baixa popularidade e à necessidade de se posicionar de forma mais assertiva diante da crise na Ucrânia. Antes do início do conflito, Macron buscava uma relação mais amistosa com Putin, mas o desenrolar dos acontecimentos mudou seu posicionamento.

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