O advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), não deve enfrentar problemas para conseguir o aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira etapa da análise no Senado.
De acordo com informações do jornal O Globo, dos atuais 26 titulares do colegiado, 14 disseram que vão votar a favor da nomeação, incluindo integrantes da oposição. Por outro lado, apenas 5 afirmaram que votarão contra. Vale destacar que a votação, além de sem data para acontecer ainda, é secreta na comissão e, depois, no plenário.
Zanin também tem se esforçado para encontrar o maior número possível de parlamentares, inclusive de direita. O advogado conta com a ajuda de Renan Calheiros (MDB-AL) e Otto Alencar (PSD-BA) para evitar qualquer surpresa. “Tenho trabalhado pela aprovação e vou participar da sabatina”, afirmou Renan.
Entre os que aprovaram a indicação de Zanin estão: Davi Alcolumbre (União-AP); Jader Barbalho (MDB-PA); Omar Aziz (PSD-AM); Ângelo Coronel (PSD-BA); Eliziane Gama (PSD-MA); Fabiano Contarato (PT-ES); Rogério Carvalho (PT-SE); Augusta Brito (PT-CE); Ana Paula Lobato (PSB-MA); Carlos Portinho (PL-RJ); Ciro Nogueira (PP-PI); Weverton Rocha (PDT-MA).
Até o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não planeja trabalhar contra a nomeação de Zanin. A cúpula da legenda decidiu liberar a bancada de senadores para votarem como bem entenderem.
Embora tenha a quantidade de votos necessária na CCJ praticamente garantida, Zanin deverá ser alvo do senador Sérgio Moro (União-PR) no colegiado. Marcos do Val (Podemos-ES) é outro parlamentar a se opor publicamente à indicação. Já para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), a indicação de Zanin por Lula configura “falta de ética”.
Além desses, o senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) também são contra a indicação de Zanin. Ele precisará do aval de 41 dos 81 senadores da República para ser tornar ministro da Corte Suprema do país.