A nova pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (6), aponta que a maioria dos brasileiros desaprova o indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daneil Silveira (PTB-RJ), perdoando o parlamentar após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-lo a 8 anos e 9 meses de prisão.
56% dos entrevistados reprovam a decisão do chefe do Executivo, enquanto 29% acreditam que ele está correto. 15% não responderam.
Perguntados se o perdão presidencial a Silveira tem algum impacto na chance das pessoas votarem em Bolsonaro nas eleições deste ano, 35% responderam que sim. 20% afirmaram que aumenta a chance de apoiar a reeleição e 31% acreditam que a decisão não altera sua opinião. 14% não souberam dizer.
O levantamento ouviu 1.000 pessoas e foi realizado no período de 2 a 4 de maio de 2022. A margem de erro estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.
O que pode acontecer com Silveira a partir de agora
A defesa do parlamentar ainda pode recorrer ao próprio STF, o que faz com que a execução da pena dependa de algumas condições. Enquanto isso, ele continua em liberdade e no exercício do seu mandato, que vai até janeiro de 2023. Mas o que pode acontecer com Daniel Silveira? Veja abaixo alguns possíveis desdobramentos.
Ele será preso? Daniel Silveira foi condenado em regime fechado, no entanto, ele só deve ir para a cadeia após o fim do processo, o chamado trânsito em julgado. Enquanto isso, o parlamentar seguirá livre. Além disso, ele conta com o indulto de Bolsonaro, e ainda será debatido se o efeito do perdão pode começar a valer antes do trânsito em julgado.
Perderá o mandato como deputado federal? O STF entende que a perda de mandato também só acontece com o esgotamento do processo e precisa ser referendada pela Câmara. No entanto, houve decisões divergentes sobre o assunto e existe a possibilidade dos magistrados rediscutirem o tema.
Ficará inelegível? Não há consenso, entre os ministros do STF, sobre a inelegibilidade imediata ou não de Silveira. O bolsonarista tem planos de concorrer ao Senado pelo Rio de Janeiro.