Maioria dos políticos do Centrão escondem partido nas redes sociais

Atualizado em 18 de agosto de 2022 às 7:26
Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro
Foto: EVARISTO SA / AFP

Políticos do Centrão escondem suas legendas nas mensagens eleitorais em redes sociais. Os candidatos a deputado federal que disputam a reeleição pelo partido de Jair Bolsonaro, o PL, estão entre os que mais escondem o partido. A sigla é presidida por Valdemar Costa Neto, que já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no escândalo do mensalão por vender apoio ao governo do PT.

A deputada Carla Zambelli, um dos principais nomes do bolsonarismo na Câmara, justifica não ter informado ser do PL aos seus eleitores por falta de espaço. “Não coloquei porque tenho outras informações que são imprescindíveis para mim”. Ela optou por dizer na sua “bio” que é a deputada “conservadora, mãe de João, esposa do coronel Aginaldo e leal ao presidente Bolsonaro”.

Mais votado na eleição de 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também não menciona o PL. Seu santinho o apresenta como parlamentar que está “trabalhando por São Paulo e lutando por todo o Brasil”. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), também omite seu partido e diz em santinhos de campanha que “Alagoas quer, o Brasil precisa”, sem menção a sua sigla.

Esse comportamento dos políticos é retrato do enfraquecimento dos partidos brasileiros. As siglas lançam candidatos sem qualquer identidade programática e apenas visam colher votos para garantir gordos fundos partidário e eleitoral, diz o Estadão.

Apesar da pouca importância e do tom de personalização das campanhas dado pelos políticos, o verdadeiro “dono” do mandato de deputado é a sigla. O deputado é eleito no sistema proporcional pelo qual a soma dos votos destinados a cada partido define o número de vagas que ele vai ter no Legislativo.

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