Mais de mil cidades em alerta para chuvas; litorais de SP e RJ sob maior risco

Atualizado em 7 de abril de 2023 às 19:59
Comunidades que vivem em áreas de risco são as mais vulneráveis aos temporais. Foto: Fernando Marron

Publicado orginalmente no “Brasil de Fato”

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou informe de risco por causa das chuvas que atingem todo o Brasil neste feriado prolongado de Páscoa. Até o início da tarde desta sexta-feira (7), mais de 1,1 mil municípios estavam sob alerta.

Apenas cinco estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Roraima e Amapá – estão fora da lista. Ainda assim, a Semana Santa pode ser chuvosa também nessas regiões.

Todos os outros estados podem sofrer consequências das tempestades previstas para esta sexta-feira e para os próximos dias. O cenário mais preocupante engloba o litoral norte de São Paulo e parte do sul da costa fluminense, que estão em alerta de grande perigo, o mais alto do Inmet.

Mapa elaborado pelo Inmet mostra áreas em alerta por quase todo o território brasileiro. (Imagem: Inmet)

Quase 20 municípios desta área estão em alerta de chuva superior a 60 milímetros por hora ou acima de 100 milímetros por dia. São temporais que podem causar grandes alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos violentos de encostas.

Destinos turísticos muito procurados, como a cidade do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Paraty, Guarujá, Ilhabela e Ubatuba estão sob ameaça.

O período será chuvoso também no interior, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, mas com menos intensidade que no litoral. Ainda assim há riscos de ventos intensos (60-100 km/h), corte de energia, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Também na região Sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo terão uma semana santa de chuva. Embora o volume de água previsto não seja tão alto nesses locais, quase 250 municípios mineiros seguem de sobreaviso .

Ainda de acordo com o Inmet, tempestades devem atingir todo o estado do Acre, parte do Amazonas e uma pequena faixa no noroeste de Rondônia. Na outra ponta da região Norte, Pará e Tocantins também têm chuva forte.

Na capital tocantinense, Palmas, os temporais causaram alagamentos nessa quinta-feira (6). Avenidas foram tomadas pela água e o trânsito teve que ser interrompido. Não houve registros de vítimas.

Até o fim desta sexta-feira, o risco se estende também por regiões do Nordeste, no Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Os estados somam mais de 640 municípios em alerta até a manhã deste sábado (8).

Os eventos climáticos já causam transtornos entre cidades maranhenses desde o mês passado. Mais de 60 delas estão em situação de emergência e comunidade inteiras seguem isoladas. Mais de 35 mil famílias foram afetadas.

No Ceará, a situação é semelhante. Oficialmente, há mais de 2,8 mil pessoas desabrigadas. O governo estadual informou ainda que a chuva das últimas semanas causou 7 mortes. Quase 20 municípios precisaram decretar estado de emergência.

Já no Piauí, a prefeitura da cidade de Batalha declarou estado de calamidade após uma tempestade intensa que atingiu a região nessa madrugada. De acordo com o governo municipal, a região rural foi a mais afetada. Há mais de 50 famílias ilhadas.

Na região Centro-oeste, onde todos os estados têm previsão de chuva para os próximos dias, as tempestades também já trazem consequências.

Em Bonito, tradicional destino turístico no Mato Grosso do Sul, o Balneário Municipal foi interditado após cheia no Rio Formoso. Na Rodovia MS 473, uma cratera gigante se abriu e interditou o principal acesso ao município de Nova Andradina.

Na madrugada de quarta (5) para quinta-feira (6), três pessoas ficaram feridas em um capotamento, que aconteceu durante uma forte tempestade. O acidente foi registrado na MS 382. As vítima, entre entras uma criança, foram atendidas e estão fora de perigo.

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