Malafaia foi sócio do “sheik dos bitcoins”, investigado pela PF

Atualizado em 28 de junho de 2022 às 19:32
Malafaia foi sócio do "sheik dos bitcoins"
Malafaia e Francis da Silva, o “sheik dos bitcoins”
Fotos: Reprodução

O pastor Silas Malafaia admitiu que já teve sociedade com Francisley Valdevino da Silva, o Francis da Silva, investigado pela Polícia Federal sob a suspeita de crime contra o sistema financeiro nacional. Junto com o “sheik dos bitcoins”, Malafaia montou a AlvoX Negócios, empresa de marketing de relacionamento multinível para um público cristão. Uma das oportunidades era a revenda de produtos gospel, como livros e bíblias, com ganhos de 10% do valor da mercadoria, segundo reportagem do jornal O Globo.

A parceria tinha como objetivo captar mais recursos para pagar os credores da Central Gospel, empresa criada por Malafaia junto com a esposa, a pastora Elizete, para arrecadar recursos para a sua igreja, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Em 2019, a Central passou por uma crise e o pastor entrou com pedido de recuperação judicial no valor de quase R$ 16 milhões. Para não naufragar, ele firmou no ano passado a sociedade com Francis. Malafaia Acreditava que a AlvoX e o seu marketing digital o salvariam em plena pandemia.

A parceria entre Malafaia e Francis, porém, foi desfeita assim que começaram a circular boatos de que o sócio teria dado calote em investidores do seu negócio com criptomoedas. “Pulei fora”, afirmou Malafaia, ao desafiar qualquer pessoa a apresentar provas de que, em seus cultos religiosos, pedia aos fiéis para investirem na operação de Francis.

“Quando começamos, ele não estava devendo a ninguém. Quando começou o rumor, pulei fora. Não misturo igreja com negócios. Nunca indiquei os bitcoins para ninguém da minha família ou da igreja”, disse o pastor ao jornal.

Malafaia afirmou que, desde a Operação Kriptos, que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, em agosto do ano passado, tem alertado o público de sua igreja sobre os perigos que envolvem ganhar dinheiro fácil.

“Não sou responsável nem pelos atos dos meus filhos mais velhos. Então, como serei pelos dos outros? Não tenho como adivinhar se um sócio é traficante ou estuprador. Não sou Deus, não tenho onisciência”, afirmou.

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