Manaus desaba e os ricos que se aglomeraram em Trancoso vão de jatinho se tratar de covid-19 no Einstein e no Sírio

Atualizado em 15 de janeiro de 2021 às 7:31
Réveillon da pandemia: congestionamento de jatinhos em Trancoso. Foto:Reprodução/Verdinho Itabuna

No final do ano, ficaram célebres as cena de congestionamento de jatinhos em Trancoso.

Os ricos brasileiros foram à Bahia provocar aglomerações como se não houvesse amanhã —para muitos dos que foram infectados por eles, não houve.

Essas mesma aeronaves estão servindo para levar seus donos ao Sírio e ao Einstein, em São Paulo, para se tratar de covid-19 com os melhores médicos e recursos.

Os pobres que foram contaminados esperam um leito do SUS, que já está em colapso.

Nenhuma dessas aeronaves foi posta à disposição das autoridades amazonenses num momento em que Manaus mergulha no caos.

Nem para o transporte de pacientes e nem para o de equipamentos.

Bilionários chineses doaram dinheiro para combater os efeitos do vírus. Jack Dorsey, do Twitter, deu US $ 1 bilhão (£ 0,8 bilhão) para a causa.

O patrimônio dos bilionários brasileiros aumentou US$ 34 bilhões durante a pandemia. A Argentina aprovou a taxação de grandes fortunas durante esse período.

Nós nem sequer debatemos o assunto de maneira ampla e séria. 

Nossa elite financeira quer que o país vá pelos ares porque o oxigênio respirado por essa gente é diferente.