Mandetta não está “caindo atirando”, mas dando show para as eleições de 2022 montado num jumento. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 15 de abril de 2020 às 18:14
Wanderson de Oliveira e o chefe Mandetta em coletiva

Luiz Henrique Mandetta é um demitido que prossegue no cargo.

Dono de um ego gigantesco, está se aproveitando de um presidente inepto e isolado para fazer campanha para 2022.

O Brasil virou o país em que há sempre um alçapão no fundo do poço: a anormalidade, o grotesco viraram regra.

Uma entrevista que deveria servir para falar da pandemia serve para o responsável pelo combate à doença falar de si, de seus supostos feitos e de seus estafetas.

Ora, por que não sai logo? Por um dever com a nação? Conta outra.

Não vaza porque gosta dos holofotes. Porque sabe que virou o queridinho da mídia em oposição ao monstro do pântano.

Rende voto, rende manchete.

O ministro da Saúde abriu a coletiva desta quarta-feira, 15, ao lado do secretário-executivo João Gabbardo e do secretário de Vigilância Wanderson de Oliveira.

Mais cedo, Wanderson pedira o chapéu em solidariedade ao chefe. Mandetta não aceitou.

“Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e sairemos do ministério juntos”, disse ao vivo.

“Hoje teve muito ruído por conta do Wanderson. Já falei que não aceito. Wanderson continua, está aqui. Acabou esse assunto.”

Acabou por quê? Desde quando ele decide o começo ou o fim das questões?

Questionado sobre as conversas acerca de sua sucessão, fez questão de falar que conversou com os generais Braga Netto e Heleno sobre o assunto.

Mandetta não está “caindo atirando”. Está dando show para os otários aplaudirem. 

A quem apelar?

Ao capeta, já que Deus já deu sinais de que não tem nada a ver com essa joça.