
Uma declaração de Maradona, de 1992, em apoio aos aposentados argentinos, inspira uma mobilização inédita no mundo, que acontecerá hoje em Buenos Aires. Essas são as frases:
“Tenemos que ser muy cagones para no defender a los jubilados. Estoy a muerte con los jubilados”.
A ação política inédita envolve torcedores de mais de 40 clubes do país, incluindo os grandes, que irão às ruas com um propósito: impedir que a polícia do fascista Javier Milei bata nos aposentados, como fez em protestos de 26 de fevereiro.
Esses são alguns dos clubes que terão torcedores das barras bravas (torcidas organizadas) na caminhada que irá até o Congresso: Tigre, River, Boca, Argentinos Juniors, Atlanta, Ferro, Lanús, Quilmes, Almirante Brown, All Boys, Independiente, Racing, Estudiantes e Rosario Central.
Os torcedores estão prontos para enfrentar a polícia, segundo jornal Página 12. O protesto acontecerá um dia depois do início do julgamento pela Justiça de sete profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, acusados de negligência e omissão quando da morte de Maradona em 25 de novembro de 2020.
O Ministério da Segurança Nacional, de Patricia Bullrich, emitiu um comunicado ameaçando os torcedores “que causarem distúrbios ou atos de violência” e forem presos. Esses serão impedidos de entrar em estádios de futebol por tempo a ser determinado para cada caso.
O fascismo tenta usar uma lei que pune torcedores em brigas do futebol, para tirar-lhes o direito de ir às ruas em manifestações políticas.
Abaixo, a fala de Maradona aos jornalistas em 1992, durante protestos contra o governo de Carlos Menem:
El día que Diego Armando Maradona defendió los derechos de los jubilados ???
(Año 1992) pic.twitter.com/cka5DBfIeJ
— Reporte Fútbol (@Reporte_Futbol) November 25, 2020
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