Marçal leva bronca de juíza e sofre derrota em ação contra sobrinho de Dilma

Atualizado em 10 de novembro de 2025 às 12:24
O empresário Pablo Marçal e Pedro Rousseff, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Reprodução

O empresário Pablo Marçal perdeu a ação judicial movida contra Pedro Rousseff, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, e ainda recebeu uma bronca da juíza responsável pelo caso, conforme informações da colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles.

A magistrada entendeu que Pedro apenas exerceu o direito à liberdade de expressão ao criticar o influenciador, que havia sido desmentido por autoridades do Rio Grande do Sul durante as enchentes que devastaram o estado em 2024.

Entenda o caso

Em junho de 2024, Marçal processou Pedro Rousseff por danos morais, após o sobrinho de Dilma o acusar publicamente de espalhar fake news. À época, o coach havia afirmado que as autoridades estavam barrando caminhões de doações destinados às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul — informação que foi posteriormente desmentida.

Pedro reagiu nas redes sociais, chamando Marçal de “malandro que usava uma tragédia para enganar as pessoas” e afirmando que ele “já havia sido condenado por roubar banco”. O sobrinho de Dilma também disse que o coach espalhava mentiras “de forma proposital” para obter vantagem política.

A decisão da Justiça

A juíza da 1ª Vara Cível do III Foro Regional de Jabaquara, em São Paulo, considerou que Pedro Rousseff apenas exerceu seu direito de crítica, uma vez que Marçal foi desmentido por fontes oficiais na época das enchentes.

Ela destacou ainda que o empresário não negou expressamente a existência de uma condenação anterior por furto qualificado e organização criminosa, o que, segundo a magistrada, enfraquece o argumento de difamação.

A juíza também observou que “uma simples busca no Google é suficiente para indicar diversas reportagens que abordam uma condenação de Marçal por furto qualificado e organização criminosa”. “Isso é um fato verídico”, afirmou na decisão.

Em tom de reprimenda, a magistrada lembrou que o próprio Pablo Marçal já utilizou estratégias semelhantes contra adversários políticos, citando o episódio em que ele acusou o apresentador José Luiz Datena de responder a uma ação por assédio sexual.

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O apresentador José Luiz Datena e o empresário Pablo Marçal. Foto: Reprodução