Marcelo Tas é o exemplo da burrice premiada com espaço na TV. Por Jean Wyllys

Atualizado em 18 de agosto de 2020 às 13:49
Jean Wyllys e Marcelo Tas. Foto: Wikimedia Commons

Jean Wyllys postou um fio muito importante no Twitter sobre o ex-CQC Marcelo Tas.

O ex-deputado escreveu o seguinte:

Eu até me esforço (e muito) para conferir alguma dignidade à direita brasileira ou aos que se dizem de direita, porque sei, como democrata, que a posição de direita é legítima numa democracia liberal. Mas ao ver isso, dá vontade de desistir (segue o fio).

A fala de Tas é uma manifestação de ignorância arrogante e um esforço de mistificação que me levam a crer que a direita brasileira so abriga desonestos intelectuais profundamente ressentidos com ditaduras e autocracias que não sejam as suas.

Tas confunde esquerda (uma posição política nas democracias liberais) com comunismo; e critica Cuba e China como se fossem iguais e como não houvesse ditaduras capitalistas, e como se mesmo a China não praticasse uma economia capitalista sob o manto do “comunismo”.

Tas sequer tenta problematiza ou distinguir o comunismo enquanto utopia nunca realizada (inclusive parece não saber do comunismo cristão) das experiências históricas autoproclamadas comunistas. E essa bobagem que ele diz sobre o termo “lacração”?

É muita burrice premiada com espaço. É muita impostura tolerada durante anos numa televisão que se recusou a ser plural e ouvir múltiplas vozes, e daí sacralizou esses ignorantes motivados e arrogantes.