
O principal foco dos protestos “No Kings Day”, realizados neste sábado (18) nos Estados Unidos, foi Washington, onde milhares de pessoas se reuniram desde as primeiras horas do dia em um ato pacífico contra o governo de Donald Trump. A capital norte-americana se tornou o epicentro da mobilização, descrita nas redes sociais como uma das maiores desde o retorno do republicano à Casa Branca.
O jornalista Brian Krassenstein publicou imagens da multidão e escreveu que o protesto ocorria “no quintal de Trump”, destacando o caráter simbólico da manifestação na capital federal. “É inacreditável quantas pessoas estão aparecendo. Adoro como todos estão mantendo a paz. É exatamente o que Trump não quer”, disse Krassenstein em uma publicação que viralizou no X (antigo Twitter).
A manifestação ocorre em meio à campanha “No Kings” (“Sem Reis”), que denuncia o que organizadores chamam de uma guinada autoritária do governo. Em Washington, os manifestantes se concentraram perto do Cemitério Nacional de Arlington, local onde Trump planeja erguer um arco monumental em comemoração aos 250 anos da independência dos Estados Unidos — projeto criticado por movimentos civis por seu simbolismo de exaltação pessoal.
BREAKING: This is in Trump's back yard. Washington DC No Kings Day Protest. This is just the start of the day.
It is absolutely unbelievable how many people are turning out for this. I love how everyone is staying peaceful. It's exactly what Trump doesn't want. pic.twitter.com/xHuCHguAyg
— Brian Krassenstein (@krassenstein) October 18, 2025
Os protestos também se espalharam por outras cidades norte-americanas, como Boston, Nova York, Los Angeles e Chicago, além de capitais europeias como Londres e Madrid. No total, organizadores estimam mais de 2,6 mil atos simultâneos em todo o mundo. As manifestações criticam políticas de imigração, cortes em universidades, militarização urbana e o uso da Guarda Nacional em grandes centros.
Em discurso a manifestantes em Washington, a ativista Leah Greenberg, uma das fundadoras do movimento, afirmou que “não há nada mais americano do que dizer que não temos reis”. Para ela, o “No Kings Day” é um lembrete de que “a democracia se defende nas ruas, com coragem e paz”.