
O tempo mostrou que Márcia Tiburi estava certa ao sair de um debate com Kim Kataguiri. Tabata Amaral preferiu ficar até o fim enquanto Kataguiri e o imbecil militante Monark defendiam o nazismo no Flow Podcast.
Tabata argumentou como pôde, eventualmente pedestre, e foi a única sensata naquele hospício — o que não chega a ser um feito.
Na saída, tirou uma foto fofa e postou em suas redes sociais. “Pessoal, valeu pelo papo. Haja hidromel…”, escreveu na legenda da foto abraçadinha à turma. Não podiam faltar emojis de risadas, claro.

Nem parece que minutos antes eles estavam discutindo a legalização do partido nazista e como a liberdade de expressão é um direito sagrado de todo “idiota”.
O apresentador estava bêbado e alegou que era culpa do álcool. Clássico. Não sei você, mas já bebi muito e andei com gente que bebia muito, falando e fazendo muita bobagem. Ninguém jamais defendeu nazistas.
Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão.@tabataamaralsp perfeita na resposta, mas um detalhe: nazismo é contra a existência não só de judeus, mas de todos os "diferentes" pic.twitter.com/jfVHhYf3Hr
— Judeus pela Democracia – Oficial (@jpdoficial1) February 8, 2022
O clima da fotografia de Tabata é revelador. Um encontro agradável, no final das contas, enquanto a Constituição e a dignidade humana eram estupradas.
Ao DCM, a pesquisadora do neonazismo Adriana Dias defende que a deputada deveria ter dado voz de prisão a Kataguiri e Monark.
Suponhamos que seja radical demais para ela. Mas o fato de ter participado do circo, ainda que como “voz da razão”, é imperdoável.
Em 2018, Tiburi abandonou um programa de rádio quando foi surpreendida pela presença de Kim Kataguiri. “Não converso com pessoas indecentes, perigosas”, disse a filósofa ao deixar o estúdio da rádio Guaíba de Porto Alegre.
Estava correta. Não há diálogo possível com essa gente. É caso de polícia.