Marido de Zambelli pede demissão de cargo em prefeitura no Ceará

Atualizado em 1 de julho de 2025 às 15:24
O coronel Aginaldo de Oliveira e a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Reprodução

O coronel Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), pediu demissão do cargo de secretário municipal de Segurança Pública em Caucaia (CE) após uma licença por “doença na família”. A exoneração foi publicada nesta segunda (30) no Diário Oficial.

O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), afirmou que o pedido de demissão partiu do próprio marido da deputada.

“Quero agradecer ao coronel pelos serviços prestados e pelo trabalho realizado à frente da nossa segurança. Reafirmo que seguimos firmes com o nosso compromisso de garantir mais segurança para toda a população da nossa Caucaia”, escreveu.

A licença de Aginaldo começou no dia 21 de maio e terminou no domingo (29), e ele passou esse período acompanhando Zambelli em uma viagem ao exterior. O casal deixou o Brasil em 25 de maio, partindo de carro até Buenos Aires, na Argentina, e depois seguindo para os Estados Unidos.

A deputada Carla Zambelli em entrevista após fuga para o exterior. Foto: Reprodução

Zambelli, que foi condenada a 10 anos de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fugiu para a Itália e é considerada foragida. O ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva no último dia 4, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“No caso de Carla Zambelli Salgado de Oliveira é inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar”, escreveu o ministro na decisão.

Autoridades brasileiras e italianas têm discutido a deportação parlamentar. Seu nome já foi incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol, mecanismo que compartilha informações sobre foragidos entre as polícias dos 196 países-membros da organização.