Massa, Patricia Bullrich e Javier Milei brigam para ir ao 2º turno na Argentina

Atualizado em 22 de outubro de 2023 às 6:56
Sergio Massa, Patricia Bullrich e Javier Milei. Foto: Reprodução/Televisión Pública

Os argentinos estão indo às urnas a partir das 8h deste domingo (22) para escolher novos líderes. A eleição incluirá os candidatos à presidência e à vice-presidência, bem como os representantes de todo o país para deputados, senadores de oito províncias e parlamentares do Mercosul.

Os principais concorrentes na corrida presidencial são, até o momento, o economista de extrema direita Javier Milei, do partido Liberdade Avança; a conservadora Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança; e o atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, membro do partido União pela Pátria.

Esses candidatos foram os mais votados nas primárias argentinas, conhecidas como ‘Paso’, que foram realizadas em agosto e funcionam como um indicativo das eleições.

Na votação, Milei obteve a maior porcentagem, com 29,86%. Em seguida, a coalizão Juntos pela Mudança de Bullrich recebeu 28%, e a União pela Pátria de Massa ficou em terceiro lugar, com 27,28%.

Os demais candidados ainda na disputa são o governador de Córdoba, peronista não kirchnerista, Juan Schiaretti, com 3,71% dos votos, e a esquerdista Myriam Bregman, com 2,61%, conforme relatado pelo jornal La Nación.

Na eleição na Argentina, os eleitores recebem um envelope aberto para inserir a cédula de votação no candidato de sua escolha. Em seguida, eles colocam os envelopes fechados em uma urna de votação na chamada “sala escura”.

Para ganhar no primeiro turno, um candidato precisa obter mais de 45% dos votos ou mais de 40% com uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais em relação ao concorrente mais próximo. Caso contrário, um segundo turno é realizado.

O primeiro turno da votação ocorrerá até as 18h de hoje, e os resultados podem ser anunciados nas horas seguintes. Se houver a necessidade de um segundo turno para determinar o presidente e o vice-presidente, uma nova eleição será realizada em 19 de novembro.

De acordo com 12 pesquisas eleitorais divulgadas até 11 de outubro pelo jornal argentino La Nación, em 11 delas, Milei lidera, com um desempenho máximo de 35,6%.

Apenas dois levantamento o colocam abaixo da marca de 30%, com 29,9% e 25,2%. Em uma delas, da Atlas Intel, Massa está na liderança, com 30,6%, seguido por Milei, com 25,2%, e Bullrich em terceiro, com 25%.

Em dez das 12 pesquisas, Massa fica em segundo lugar, enquanto Bullrich alcança a segunda posição apenas na pesquisa da DC Consultores, com 28,9%, com Milei liderando com 35,6% e Massa com 26,2%.

Milei, o Bolsonaro argentino

Como tentativa de reverter a tendência de vitória do candidato da extrema-direita, foi lançada uma campanha nas redes sociais que atrela a imagem de Javier Milei ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

No vídeo, a imagem do inelegível transforma-se na do postulante autodenominado ‘anarcocapitalista’ enquanto um narrador lê o seguinte texto:

“Este homem se diz um patriota, mas odeia todos em seu país. Este homem conta piada para parecer engraçado, mas só sabe rir da desgraça dos outros. Este homem diz que é contra a corrupção, mas é um mentiroso profissional. Disseram que com este homem tudo seria diferente, mas tudo mudou para pior. Este homem não é o que você pensa. No Brasil, este homem foi eleito e foi um pesadelo. A Argentina não precisa passar por isso.  Nestas eleições, não se engane. Argentina, diga-me como se sente.”

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