Mauro Cid contrata terceiro advogado em seis meses preso; saiba quem é

Atualizado em 15 de agosto de 2023 às 22:39
Tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Lula Marques

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou um novo advogado para sua defesa: o criminalista Cezar Bitencourt, que assumirá a representação de Cid nos inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o caso das joias recebidas por Bolsonaro, segundo a jornalista Camila Bonfim, da Globonews. Essa é a terceira mudança na equipe de defesa do bolsonarista nos últimos meses.

Cezar Bitencourt é conhecido por atuar em defesas de figuras políticas de destaque, como o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que também ocupava o cargo de assessor do ex-presidente Michel Temer. Loures havia sido flagrado pela Polícia Federal com uma mala contendo R$ 500 mil. Em 2021, ele foi absolvido das acusações.

Além disso, Bitencourt também é reconhecido por sua expertise em questões relacionadas a delação premiada. Embora tenha criticado essa ferramenta em momentos passados, especialmente durante a Operação Lava Jato, o advogado acredita que a delação premiada deve ser aplicada de forma adequada conforme as circunstâncias de cada caso.

Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid. Foto: reprodução

Até recentemente, a defesa de Mauro Cid estava a cargo de Bernardo Fenelon, especialista em delação premiada. Antes dele, Rodrigo Rocca, que possui laços próximos com a família Bolsonaro, foi o primeiro advogado a assumir a defesa do militar.

Mauro Cid está sob prisão preventiva, pela suspeita de participar de um esquema de falsificação de cartões de vacinação. A equipe jurídica de Fenelon também estava defendendo Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens, que está sendo investigada no mesmo inquérito.

Apesar das recentes declarações do ex-presidente Bolsonaro sugerindo que a prisão de Cid tinha como objetivo forçar uma delação premiada, a Polícia Federal negou qualquer interesse em firmar tal acordo. Segundo fontes da alta cúpula da PF, a existência de “provas robustas” relacionadas às supostas ações criminosas de Cid e outros envolvidos no caso das joias fazem com que um acordo de delação premiada seja considerado desnecessário.

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