
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), forneceu aos investigadores da Polícia Federal (PF) detalhes comprometedores sobre sua atuação no governo do ex-capitão. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.
Durante os interrogatórios de sexta-feira (25) e segunda-feira (28), o militar fez uma espécie de declaração incriminatória, abordando sua participação no caso das joias sauditas e também esclarecendo a conexão entre Bolsonaro e o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti.
Delgatti é investigado por um suposto plano golpista que envolveria desacreditar a última eleição e interceptar comunicações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Hoje, a postura da PF é ouvir o investigado e, antes de oferecer benefícios legais, conferir as declarações com provas já arrecadadas ou futuramente produzidas.

Vale destacar que há uma abundância de evidências nas mãos dos investigadores, como registros de localização por meio de antenas de telefonia ou aplicativos de GPS em celulares, além de e-mails e informações financeiras e bancárias de todos os envolvidos.
Mauro Cid será ouvido novamente, na próxima quinta-feira (31), pela terceira vez nesta rodada de depoimentos. No mesmo dia, a PF irá ouvir o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, nomes relacionados com o caso.