
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teve um surto de irritação com seu advogado, Cezar Bittencourt, após prestar depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (21/11). A insatisfação surgiu depois de entrevistas concedidas por Bittencourt, nas quais ele afirmou que Cid teria declarado que Bolsonaro sabia de um suposto plano para matar o presidente Lula por envenenamento.
Segundo aliados, Mauro Cid negou ter feito tal afirmação durante o depoimento e reforçou que, diante de Moraes, negou qualquer conhecimento sobre o suposto plano de assassinato. Nos bastidores, ele reiterou que essa informação não foi discutida nem relatada por ele. A declaração do advogado gerou grande desconforto e motivou a reação enérgica do militar.
No depoimento ao STF, Cid confirmou a existência de uma reunião na residência do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022. O encontro, que contou com a presença de outros militares, discutia um plano golpista para evitar a posse de Lula. Contudo, Cid alegou que teria deixado o local antes do fim da reunião, sem acompanhar todos os desdobramentos.

Irritado com as entrevistas de Bittencourt, Mauro Cid ligou para o advogado na sexta-feira (22/11), exigindo que ele recuasse da declaração envolvendo Bolsonaro no suposto plano para assassinar Lula. Atendendo à solicitação de seu cliente, o advogado voltou atrás e corrigiu sua fala publicamente.
Embora tenha negado qualquer envolvimento de Bolsonaro com planos de assassinato, Mauro Cid afirmou, em seu depoimento, que o ex-presidente tinha conhecimento de estratégias golpistas discutidas por militares para impedir a posse de Lula. Segundo ele, essas articulações não incluíam violência física contra o atual presidente. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do jornal Metrópoles.
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