
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), optou por não envolver diretamente os ministros da ala militar do governo anterior em sua delação premiada, segundo membros do Judiciário e investigadores. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Em sua delação, Cid forneceu detalhes sobre reuniões conduzidas por Bolsonaro para discutir uma minuta de natureza questionável, mas evitou apresentar evidências sólidas que vinculassem os militares que ocuparam cargos na Esplanada dos Ministérios a esses acontecimentos.
Alguns ex-ministros, que também são generais da reserva, foram mencionados de forma superficial no contexto da negociação do acordo de delação de Cid. No entanto, eles não constituem o foco principal das informações apresentadas.

O próprio pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid, comunicou a outros colegas militares que serviram no governo Bolsonaro que eles não eram alvo das revelações feitas por seu filho. Após a homologação do acordo de delação vir à tona, Lourena Cid mudou de número de telefone e optou por manter um perfil discreto.
As conversas mantidas no celular de Lourena foram apagadas e, até o momento, o telefone em posse dos investigadores não apresenta conteúdo que contribua para as apurações. Ele é foi alvo de uma operação relacionada às joias da Arábia Saudita.
Vale destacar que isso não implica, de maneira alguma, que esse grupo de ex-militares esteja isento de investigações. A Polícia Federal mantém outras linhas de apuração e dispõe de evidências que possam implicar membros da ala militar do governo Bolsonaro, independentemente das informações fornecidas na delação de Cid.
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